A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse, na segunda-feira, 24, que pretende pedir alterações no PL (Projeto de Lei) 1.904/24, conhecido como “PL do aborto”, pois as vítimas não podem ser punidas.

 

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A proposta pretende equiparar a realização de aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, e não abrange a exceção às vítimas de estupro. A mulher seria penalizada com uma punição maior do que a prevista para quem comete violência sexual.

“Mesmo tratando de adultos, na minha visão, alguns pontos do projeto de lei precisariam ser melhor abordados e outros necessitariam ser reformulados com a cuidadosa observância de que a mãe, vítima de estupro, e o bebê não podem ser penalizados com as eventuais alterações da lei”, disse Michelle Bolsonaro, em um vídeo divulgado no Instagram.

A ex-primeira-dama, que atua como presidente do PL Mulher, ressaltou que deve procurar o autor do projeto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para “apresentar sugestões e firmar alguns posicionamentos”.

Dentre os pontos, ela defende o aumento de pena para estupradores e sugeriu a castração química. Além disso, afirmou que a apresentação do boletim de ocorrência deve voltar a ser obrigatória para a realização do aborto legal (previsto em lei).
“A mulher vítima do estupro passa por uma experiência horrível e isso deve ser seriamente considerado, com empatia, quando se vai julgar quaisquer condutas de sua parte que são, na maioria das vezes, atos de desespero”, completou.

No entanto Michelle afirmou que, para ela, a repercussão do caso e a abordagem de que o projeto pretende penalizar menores de idade violentadas é “mais uma gritaria da esquerda que quer acabar com a vida dos nossos bebês inocentes”.