09/02/2023 - 9:21
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou por meio dos stories do Instagram que doou para a instituição Vila do Pequeno Jesus as moedas recolhidas no espelho d’água do Palácio da Alvorada. A organização, localizada no Distrito Federal, é voltada para os cuidados de pessoas com deficiências.
Michelle relatou que o espelho d’água passa por limpeza periódica. Por isso, antes de deixar a residência presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, expressou o seu desejo de que o valor recolhido fosse doado para a instituição, “que cuida de mais de 80 pessoas ‘especiais’”.
“Dessa forma, elas proporcionariam alegria e refrigério a essas pessoas que poderiam ver atendidas algumas de suas necessidades de subsistência. A doação chegou ao seu destino no dia 8/1/2023”, acrescentou.
A ex-primeira-dama também negou que tenha mandado matar os peixes da espécie carpa que viviam no local para que as moedas fossem recolhidas.
“Houve relatos de que no dia 10/1 alguns peixes começaram a morrer. Portanto, toda a operação de retirada dos peixes e limpeza do espelho d’água ocorreu muito depois de nossa saída da residência”, alegou.
Ela acrescentou que o atual governo exonerou Francisco de Assis Castelo Branco, que era o responsável pela manutenção do espelho d’água. “Ao que tudo indica, não houve nomeação de um substituto ou, se houve, ele, aparentemente, não cumpriu com o seu dever de zelar pelas instalações.”
Diferença de valores
Nos stories, Michelle postou um vídeo de um homem, identificado apenas como Jorginho, que seria o responsável pela instituição Vila do Pequeno Jesus, no qual ele afirmou que o valor doado foi de R$ 2.281.
Mas, na sequência, a ex-primeira-dama divulgou o cheque de doação que apresentava o valor de R$ 2.213,55.
Em nota enviada à IstoÉ, o Palácio do Planalto informou que a última manutenção do espelho d’água foi realiza durante o governo Bolsonaro. Em relação ao responsável pela manutenção, afirmou que Francisco ordenou a retirada integral da água do local para limpeza. Isso fez com que “a maioria das carpas que viviam ali acabassem morrendo em função da baixa oxigenação da água e também por causa do transporte para colocação no reservatório secundário”.
“Do total de carpas mortas, cinco foram enterradas entre os Palácios do Jaburu e do Alvorada, em uma área verde. Em 2022, cerca de 70 peixes viviam no espelho d’água. Atualmente, menos de dez ainda estão vivos”, completou.
Quanto ao dinheiro retirado do local, o Palácio do Planalto afirmou que cabe ao antigo governo esclarecer o que foi feito com ele.