Michel Platini “participará do congresso da Uefa em Atenas em 14 de setembro a convite do comitê executivo” para seu discurso de despedida, antes da eleição de seu sucessor, afirmou à AFP fontes próximas ao ex-dirigente francês.

O diário francês L’Équipe revelou nesta quarta-feira que Platini havia sido convidado pela Uefa para participar do congresso da entidade.

Platini, que “agradece a confiança (dos membros da Uefa), estará presente para entregar ao congresso seu mandato de presidente”, confirmou fontes próximas ao dirigente.

“Ele irá com seus próprios meios e não dará entrevista coletiva, preferindo reservar suas palavras para os representantes das federações nacionais” membros da Uefa.

Platini havia anunciado em 9 de maio que entregaria o cargo de presidente da Uefa, após a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de reduzir sua suspensão de toda atividade ligada ao futebol de seis a quatro anos.

Questionada pela AFP para saber se a presença de Platini no congresso poderia ser considerada uma violação da punição, a Fifa admitiu que a participação do francês “sem um requerimento prévio da Uefa seria problemática”.

A entidade garantiu não ter recebido pedido algum por parte da Uefa. “A data do congresso eletivo da Uefa é de conhecimento público há tempo, então por que a Uefa não nos enviou um requerimento antes?”, perguntou o porta-voz da comissão de ética.

O ex-capitão da seleção francesa foi punido pela justiça interna da Fifa no caso polêmico do pagamento de 1,8 milhão de euros recebidos de Joseph Blatter, presidente destituído a a Fifa.

Blatter também recorreu ao TAS em agosto para contestar a suspensão de seis anos.

Com a desistência do espanhol Angel María Villar na terça-feira, restam apenas dois candidatos à sucessão de Platini: Michael van Praag, presidente da federação holandesa, 68 anos, e seu homólogo esloveno Aleksander Ceferin, 48 anos.

Cada uma das 55 federações membros da Uefa dispõe de um voto.

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