Os rebeldes muçulmanos rohingyas, cujos ataques contra a polícia no fim de agosto em Mianmar provocaram uma violenta campanha de repressão do Exército, negaram nesta quinta-feira qualquer ajuda procedente de organizações terroristas internacionais.

“Não temos nenhum vínculo com Al-Qaeda, Estado Islâmico ou qualquer outro grupo terrorista internacional. E não queremos que estes grupos se envolvam no conflito em Arakan (antigo nome do estado de Rakhine)”, escreveu nesta quinta-feira o Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) em um comunicado divulgado no Twitter.

De acordo com o SITE, grupo que monitora os sites jihadistas, a Al-Qaeda pediu esta semana aos muçulmanos que “apoiem os rohingyas financeira e militarmente”.

Uma ajuda claramente rejeitada pela rebelião rohingya que “pede aos Estados da região que interceptem e impeçam a entrada no estado de Rakhine de terroristas que só poderiam piorar a situação”.

No domingo, o ARSA, mais conhecido pelo nome Harakah al Yaqin (“Movimento da Fé” em árabe), anunciou uma trégua de um mês em suas ofensivas militares para permitir a distribuição de ajuda humanitária.

Quase 380.000 rohingyas buscaram refúgio em Bangladesh desde o fim de agosto, segundo os números mais recentes da ONU. Outros milhares estariam a caminho. Eles fogem da campanha de repressão do exército iniciada após os ataques do ARSA contra postos da polícia no fim de agosto.

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Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU pediu a Mianmar medidas “imediatas” para acabar com a “violência excessiva” no oeste do país.


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