O Miami Heat anunciou que utilizará cães farejadores do novo coronavírus na volta de torcedores ao seu ginásio, a American Airlines Arena. A franquia da Flórida terá o retorno do público a partir da partida desta quinta-feira contra o Los Angeles Clippers, pela temporada regular da NBA, com 10% da capacidade do local.

Os animais passaram a ser usados no ano passado para detectar casos de covid-19. Os cães farejadores foram utilizados em aeroportos em diversos países do mundo, como Finlândia e Emirados Árabes Unidos. Como a mudança na saúde pode afetar o cheiro das pessoas, os cachorros conseguem detectar os casos do novo coronavírus.

No Miami Heat, os cães farejadores já vinham sendo utilizados em algumas partidas com os jogadores, equipe técnica e convidados. No procedimento, se o animal passa pela pessoa e senta ao seu lado é porque ele detectou o que possivelmente será um caso de covid-19.

“Se você pensar bem, os cães de detecção não são novidade. Você já os viu em aeroportos e eles foram usados em situações críticas pela polícia e pelos militares. Nós os usamos na arena há anos para detectar explosivos”, afirmou o vice-presidente executivo de estratégia da franquia, Matthew Jafarian. As partidas do Miami Heat poderão contar com cerca de 2 mil torcedores.

Em setembro, o Estadão informou que a Finlândia lançou um programa-piloto para usar cães farejadores na detecção de casos do novo coronavírus mesmo em pessoas que não apresentavam os sintomas. O teste começou a ser feito no Aeroporto Internacional de Helsinque e tinha a esperança de que os animais pudessem desempenhar um papel fundamental no rastreamento do vírus.

Os testes com “cães voluntários” começaram naquele mês. Os pesquisadores acreditam que os animais conseguem fornecer resultados em 10 segundos e exigem menos de um minuto do tempo dos viajantes, disse Anna Hielm-Björkman, pesquisadora da Universidade de Helsinque que estava usando o teste para coletar dados.