24/08/2022 - 15:45
A professora de inglês Cibelly Ferreira, de 29 anos, decidiu inovar nas suas aulas no intuito de se aproximar mais dos seus alunos. Para isso, ela resolveu abrir a sua própria escola de idiomas, localizada na cidade de Lavras (MG), e começou a fazer as dancinhas do TikTok com os estudantes, que são crianças e adolescentes. Em conversa com o UOL, a docente contou como lida com as críticas e os assédios.
Cibelly, que possui mais de 900 mil seguidores no Instagram e 5 milhões no TikTok, afirmou que não está imune às críticas, mas procura valorizar as mensagens de apoio que recebe de outras mulheres. “Eu acho que, em geral, os comentários são de muitos fãs e admiradores. Muitas mensagens de pessoas parabenizando, mulheres falando sobre a nossa liberdade de expressão, a liberdade da mulher de fazer o que ela quer. É muito positivo escutar isso.”
Entre as outras mensagens, Cibelly já recebeu pedidos de casamento e propostas para enviar conteúdos relacionados a fetiches em troca de dinheiro. “Como mulher, isso acontece desde sempre, antes mesmo de começar a produzir conteúdo para a internet. Mas eu levo meu trabalho com muito profissionalismo. Eu tento conversar com as pessoas na internet, mas o assédio infelizmente é constante e independe das redes sociais”, disse.
Universo adulto
Além do perfil no TikTok, Cibelly tem uma plataforma, chamada de “Privado da Prof”, que é voltada para o universo adulto. Nela a professora ministra aulas de inglês e disponibiliza fotos suas “mais sensuais”.
“Na verdade, não tem nada de cunho erótico. É apenas para adultos que querem aprender e ver algumas fotos minhas que eu não publicaria no meu feed do Instagram. É uma forma que utilizei para tirar uma renda extra.”
“Eu dou aulas a muitas mulheres, a garotos homossexuais, etc. As pessoas são sempre muito educadas e muitas procuram porque estão curiosas”, completou.
Cibelly frisou que uma modalidade não interfere na outra. “Ninguém nunca questionou isso. Os meus alunos respeitam muito, sabem como eu sou. Nem os pais deles falaram algo sobre. Eu sou muito aberta para responder sobre esse assunto. Nunca ninguém teve preconceito no meu ciclo de trabalho”, explicou.
Segundo a docente, alguns pais, inclusive, já se ofereceram para fazer os vídeos do TikTok. “Eles gostam. Alguns já me ligaram dizendo que até participariam. Todas as imagens que eu publico são com autorização”, finalizou.