No último dia 22, o Grupamento de Intervenção Rápida (GIR) da Polícia Penal colocou dezenas de homens, alguns algemados, sentados nus no pátio da penitenciária de Formiga, na região centro-oeste de Minas Gerais. Familiares e associações de defesa dos direitos humanos denunciam violações que teriam sido cometidas pelos agentes penais. As informações são da Folha de S.Paulo.

Segundo Maria Tereza dos Santos, presidente da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas Privadas de Liberdade em Minas Gerais, a intervenção dos agentes foi porque os detentos reivindicavam qualidade nos alimentos fornecidos, maior disponibilidade de água e volta ao sistema de visitas pré-pandemia.

“Quando reclamaram, o grupo de intervenção rápida entrou na cela, fez todos os presos tirarem as roupas, saírem para o pátio nus e sentarem no chão frio e sujo. Os que reclamaram ainda foram algemados e apanharam”, disse Maria.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado (Sejusp), responsável pelo GIR, confirmou o ocorrido e enfatizou que isso se deu “após movimento de subversão da ordem”.

Ainda de acordo com a secretaria, os agentes foram acionados porque os presos teriam queimado pedaços de colchões.

Sobre as condições degradantes às quais os detentos foram expostos, a secretaria diz que irá investigar a conduta dos agentes penais. “Um procedimento interno já foi instaurado para apurar a motivação da realização das imagens e a sua veiculação”.