Morreu na madrugada desta quinta-feira, 16, em Belo Horizonte, a terceira pessoa suspeita de ter sido contaminada com a substância dietilenoglicol depois de ter consumido a cerveja Belorizontina, da fábrica mineira Backer. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital para necropsia. A vítima, moradora da cidade, é um idoso de 89 anos, conforme a Polícia Civil.

As duas primeiras mortes foram de um morador de Belo Horizonte, nesta quarta-feira, 15; e, no dia 7 de janeiro, de uma vítima residente em Ubá, na Zona da Mata. Todos deram entrada na rede de saúde com quadro de insuficiência renal e problemas de ordem neurológica.

A morte de uma mulher em Pompéu, na região central de Minas Gerais, também foi anunciada como suspeita pela Polícia Civil, mas ainda não foi confirmada e somada às outras três.

A polícia explicou que “trata todos os casos como suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol até que o laudo fique concluído”. “O prazo regular para finalização do laudo é 30 dias”, informou, em nota.

Os investigadores trabalham com 18 notificações de pacientes com quadro típico de contaminação pela substância. Já a Secretaria de Estado de Saúde considera 17 notificações: 12 em Belo Horizonte e as outras cinco em Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei.

Água contaminada

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou nesta quarta-feira que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. A pasta considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem.

A pasta anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.


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