A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou Valdete Zanco por denunciação caluniosa e contravenção penal de provocação de pânico ou tumulto. Em maio, ela gravou um vídeo em que afirmava que caixões estariam sendo enterrados com pedras no lugar vítimas do novo coronavírus. No vídeo, ela ainda sugeriu o envolvimento da prefeitura de Belo Horizonte na suposta farsa.

Após a repercussão do vídeo, Valdete chegou a gravar um novo vídeo em que pedia desculpas pelo caso. “Quero, diante de todos, pedir desculpa, perdão. Não era a minha intenção, eu não propaguei. Eu quero agradecer e dizer que estou arrependida, muito triste, sofri bastante com tudo isso que aconteceu e estou aqui para pedir desculpa e perdão”, disse em trecho do vídeo.

De acordo com o advogado dela, Alexsander Pereira, o vídeo fake foi registrado em um grupo de família, e acabou disseminado pelo WhatsApp sem seu consentimento. “Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação”, diz a nota da defesa divulgada em maio.

No vídeo, a mulher afirmava que parentes de mortos foram surpreendidos ao abrir os caixões e se deparar com pedra e paus. “Aqui em Minas está acontecendo um caso muito engraçado. Principalmente lá em BH”, disse a mulher, criticando o prefeito, Alexandre Kalil (PHS), e a classe política em geral.