A manutenção de um total de R$ 11 bilhões em garantias pela Vale no caso de um acordo na ação civil pública do caso Brumadinho é um dos pontos de discordância entre a companhia, o Estado de Minas e instituições jurídicas como o Ministério Público. A mineradora tem R$ 5 bilhões bloqueados e um seguro de R$ 5,5 bilhões na ação de reparação de danos econômicos e sociais decorrentes do rompimento da barragem.

“Acreditamos que até que o acordo esteja completamente cumprido há sim necessidade de manutenção dessas garantias”, afirmou o secretário-geral do Estado de Minas Gerais, Mateus Simões, após a quarta audiência de conciliação entre a empresa e o governo, realizada nesta quinta-feira, 17, ainda sem um resultado definitivo.

Simões disse que dois dos últimos três pontos onde ainda não havia consenso foram superados na reunião de hoje. Segundo ele, a discussão das garantias, enquanto isso, está em suspenso porque depende da definição dos itens que serão eliminados pelo acerto. “Nós todos sabemos que o acordo terá um valor muito superior a essa garantia”, frisou.

O pedido de reparação é de R$ 54,6 bilhões e a Vale trabalha com um acordo na casa dos R$ 19 bilhões. A próxima reunião está marcada para o dia 7 de janeiro.