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Jovem negro relata agressão após ser acusado de furtar supermercado

Da Redaçãoi Da Redação https://istoe.com.br/autor/da-redacao/

08/12/2020 - 13:52

A polícia está investigando o caso de um homem negro que alega ter sido agredido dentro de um supermercado em Várzea da Palma (MG) após um funcionário suspeitar de que ele teria roubado um par de botinas do local no último sábado (5). De acordo com Alex Júnior Alves de Souza, ele também foi xingado por um dos agressores de “negro ladrão”. As informações são do jornal Estado de Minas.

Conforme o boletim de ocorrência do caso, a vítima comprou um par de botinas em um supermercado e passou a usá-lo imediatamente. Em seguida, ele foi a outro supermercado onde experimentou um par de sandálias e pegou um frango.

Segundo Alex Júnior, quando estava no caixa para pagar a compra, ele foi abordado por um funcionário que suspeitou que ele tinha roubado as botinas que usava. O funcionário teria pedido para que o homem levantasse o pé para conferir se o calçado novo não era realmente do supermercado. No entanto, Alex Junior recusou fazer isso.

Em seguida, ele teria sido arrastado por seguranças até um cômodo, onde teria sido agredido com socos na cabeça, no rosto e na barriga. Uma cliente filmou o momento em que o rapaz foi abordado e conduzido para dentro do supermercado, mas uma pessoa interrompeu a gravação.

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Ainda de acordo com o boletim de ocorrências, Alex Junior teria ficado cerca de uma hora no cômodo, até que um funcionário foi ao outro supermercado confirmar que ele realmente tinha comprado o par de botinas no estabelecimento.

A Polícia Militar informou que, após a denúncia, foi até a casa de um dos funcionários suspeitos da agressão, mas não o encontrou. À polícia, a gerente do supermercado alegou que houve uma luta corporal entre Alex e o funcionário.

Em seu relato, Alex Junior afirmou ainda que, depois de tudo esclarecido, a gerente do supermercado pediu desculpas pelo ocorrido, não cobrou as compras e ainda ofereceu emprego a Alex, que ele não teria aceitado. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.