Um homem morreu após ser baleado durante uma caçada na Fazenda Paraíso, em Itanhandu, Minas Gerais, no domingo (2). De acordo com a Polícia Militar, o disparo foi efetuado pelo amigo da vítima que afirmou ter confundido o colega com um javali. As informações são do Uol.

No depoimento, o suspeito disse que tentou socorrer Paulo César da Silva, de 43 anos, mas, por estarem em uma mata fechada, não conseguiu fazer o resgate sozinho. Ele voltou à sede da fazenda e pediu para que chamassem a polícia.

Conforme o relato do suspeito, ele e o amigo combinaram de ir ao local para caçar um javali que estava rondando a área. Eles teriam avistado o animal em meio à mata e Paulo teria feito o primeiro disparo contra o javali.

Em seguida, segundo o amigo da vítima, ele pensou ter visto o animal correndo, realizou um disparo naquela direção, escutou um grito e percebeu que havia atingido o amigo.

De acordo com a polícia, o autor do disparo foi preso em flagrante. O local foi isolado pela Polícia Militar, que acionou a perícia técnica. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal. Ainda conforme a PM, a dupla tem registro para posse de arma – permissão para ter -, mas não para porte – permissão para andar com ela.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), eles têm licença para a atividade de manejo de fauna exótica invasora, que permite a caça de javali com emprego de armadilhas, ceva, espera, cães, faca, zagaia, lança, armas de pressão, arcos e bestas.

No entanto, para utilizar armas de fogo, além do cadastro no Ibama, também é necessário ter o Certificado de Registro (CR) de Caçador do Exército, que eles não têm.