Um homem, de 37 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais, por estuprar a enteada e engravidá-la por duas vezes. De acordo com as investigações, os crimes ocorreram em Betim (MG) entre 2016 e 2020.

Conforme a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), os abusos começaram com atos libidinosos, como passar a mão pelo corpo, quando a vítima tinha 11 anos. No entanto, evoluíram para conjunção carnal, quando ela completou 12 anos. Os atos eram praticados sem uso de preservativo.

Em 2017, a menina foi levada ao hospital com fortes dores sendo constatada a gravidez e a necessidade imediata de parto. Segundo a delegada Ariadne Elloise Coelho, na época, a adolescente alegou que teria sofrido um estupro de um homem desconhecido na rua.

Em depoimento, a menina e a mãe negaram saber da gravidez. Dois anos depois, a adolescente engravidou de novo, o que gerou a desconfiança em relação ao padrasto. Ouvida novamente na delegacia, a vítima confirmou ter sofrido os abusos do padrasto, mas teve medo de que as pessoas achassem que ela estivesse aceitando a situação.

“Ela disse que, depois que teve o primeiro filho, o padrasto falou para ela não contar para ninguém, do contrário, elas passariam fome, já que ele era o único que trabalhava”, ressaltou a delegada. Um teste de DNA confirmou a paternidade.

Mãe afirma que não sabia

Em novo depoimento, a mãe alegou que nunca desconfiou do marido, que criou a menina desde bebê. Mas relatou que a filha era muito calada em casa e nunca namorou. Depois do exame positivo de DNA, o suspeito foi expulso da casa.

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Uma das testemunhas, cunhada da vítima, relatou à polícia que desconfiava do comportamento do suspeito com a menina, e já o teria visto dando selinho na adolescente. Depois da primeira gravidez da vítima e nascimento do bebê, percebeu muitas semelhanças da criança com o suspeito.

O investigado, que é completamente cego desde os 17 anos, acompanhado de advogado, confessou ter mantido relação sexual com a enteada por cerca de quatro anos. Também confirmou a paternidade das crianças, mas negou as ameaças.

O inquérito policial foi encaminhado à Justiça. Já a vítima passa por acompanhamento psicológico.


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