Valdívio Soares Pereira, 68, o Maré Boa, morreu na noite de sábado (20), em Barão de Cocais (MG), distante 98 km de Belo Horizonte. Ele era diabético, hipertenso e tinha problemas de visão. Em seu velório, os filhos realizaram o último desejo do pai: pinga, cerveja  e música para todos que compareceram a cerimônia realizada no bar que ele possuía.

Segundo reportagem do UOL, Maré Boa começou a fazer o pedido de um velório no bar e regado a bebida após descobrir que tinha problemas de saúde, 15 anos atrás.

“A família cumpriu o seu desejo. Ele tinha um alto astral. Nada abalava o cara”, diz o almoxarife Adriano Felipe Pereira, 48, um dos filhos de Maré Boa. “Ele sabia que ia morrer e não queria ninguém triste com isso. (…) Foram consumidos uns quatro engradados (24 garrafas de 600 ml) e uns três litros de cachaça. Não calculei quanto gastamos.”

O corpo do boêmio foi cremado em Belo Horizonte. As cinzas serão levadas à igreja, que ainda não foi definida, para a missa de Sétimo Dia. Depois da celebração católica, as cinzas serão colocadas em uma estante do boteco, ao lado de uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida, santa de devoção de Maré Boa. Outro desejo do falecido atendido pela família.