O México reforçou sua campanha de vacinação contra o sarampo, depois que os casos duplicaram em uma semana, em um estado que faz fronteira com o Texas, onde um surto deixou dois mortos, informou o governo nesta terça-feira (18).
As infecções confirmadas passaram de 22 para 43, sendo 39 em Chihuahua (norte), que compartilha uma ampla fronteira com os Estados Unidos e Oaxaca (sul), informou o secretário de saúde, David Kershenobich, na conferência presidencial diária.
“Todos eles vieram a partir da importação. Os casos de Chihuahua passando pelo Texas e o caso de Oaxaca (…) de alguém que viajou para o Laos”, na Ásia, detalhou o responsável.
Explicou que mais da metade dos pacientes tem entre cinco e nove anos e que no caso das 39 infecções na fronteira, nenhum tinha recebido vacina contra o sarampo.
“Estamos fortalecendo o programa de vacinação a nível nacional, há vacinas suficientes para cobrir todas as necessidades do país, por isso a recomendação é que as populações em risco sejam vacinadas”, disse Kershenobich.
Ele destacou que os menores que receberam apenas uma dose deverão receber uma segunda dose de reforço, assim como adolescentes e adultos com menos de 39 anos, especialmente profissionais de saúde que tenham contatos com infectados.
No Texas, há mais de 250 casos confirmados de sarampo e duas mortes, enquanto no Novo México ultrapassa 30.
O México não registra casos indígenas de sarampo desde 1996.
O México também acompanha de perto os 288 casos de coqueluche confirmados, diante dos quais o secretário lançou um apelo para completar as quatro doses contra essa doença, em crianças menores de 18 meses e aplicar um reforço em crianças de outras idades.
As autoridades mantêm reuniões com um grupo de especialistas para tentar conter esses surtos de sarampo e coqueluche e lançaram dois avisos epidemiológicos para que os profissionais de saúde possam tomar precauções.
Os movimentos antivacinas na Europa e nos Estados Unidos provocaram o ressurgimento de algumas doenças.
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