O governo mexicano decidiu nesta segunda-feira impedir a Odebrecht de participar de qualquer concorrência para obras públicas no país pelos próximos quatro anos, em decorrência do escândalo internacional de corrupção envolvendo o grupo brasileiro.

A Odebrecht não poderá participar “de procedimentos de contratação ou celebrar qualquer contrato” com entidades da administração pública federal, empresas do Estado ou suas subsidiárias, assim como com os governos estaduais quando utilizarem recursos federais, informou a Secretaria da Função Pública.

“Os contratos firmados e formalizados com a mencionada infratora (Odebrecht) não estão compreendidos na aplicação da presente circular”, destaca o documento.

Até o momento, o escândalo de corrupção da Odebrecht no México envolveu apenas o ex-diretor da petroleira estatal Pemex Emilio Lozoya, que teria recebido 10 milhões de dólares em subornos para favorecer o grupo em concorrências públicas.

Lozoya, que dirigiu a Pemex entre 2012 e 2016, também é denunciado por receber dinheiro do grupo brasileiro para a campanha do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ocupava a função de coordenador internacional.