México e Estados Unidos estão prestes a fechar um acordo de segurança contra o tráfico de armas e drogas através da fronteira comum, afirmou nesta quinta-feira (31) a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, o presidente Donald Trump tem criticado o México por não fazer o suficiente para conter o fluxo de narcóticos para os Estados Unidos, especialmente o letal fentanil, e ameaça impor tarifas aos produtos mexicanos como forma de pressionar o país vizinho a intensificar seus esforços na área de segurança.
“O acordo de segurança está praticamente fechado”, declarou Sheinbaum durante sua habitual coletiva de imprensa matinal, realizada após uma conversa telefônica com Trump, na qual foi acordado o adiamento por 90 dias do aumento tarifário que Washington pretendia aplicar a partir da meia-noite.
O novo tratado de segurança prevê medidas para reduzir tanto a entrada no México de precursores químicos usados na produção de fentanil quanto a entrada de armas provenientes dos Estados Unidos para o território mexicano, acrescentou a presidente de esquerda.
Além disso, contempla a colaboração entre os dois países na fronteira compartilhada de cerca de 3.100 quilômetros e o trabalho conjunto em “temas de inteligência”, acrescentou.
Sheinbaum estimou que o acordo pode ser assinado “na próxima semana” e garantiu que ele respeita os princípios defendidos por seu governo na relação com os Estados Unidos, como o respeito à soberania, confiança, colaboração e cooperação “sem subordinação”.
No contexto das negociações para evitar as tarifas de Trump, o governo de Sheinbaum intensificou as apreensões de drogas, mobilizou 10 mil soldados na fronteira e extraditou, em fevereiro passado, 29 chefes do narcotráfico para a justiça americana.
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