O México celebrará os 700 anos da fundação de Tenochtitlán, a antiga cidade asteca estabelecida onde hoje se localiza a capital do país, com uma ópera na língua náhuatl, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (30).
O governo da presidente esquerdista Claudia Sheinbaum, que pediu à Espanha que se desculpe pelos abusos cometidos durante a conquista, dedicará o mês de julho para comemorar o estabelecimento dos mexicas no território da atual Cidade do México, ocorrido por volta de 1325, segundo fontes oficiais.
A ópera “Cuauhtemóctzin” narra “a heroica defesa de Tenochtitlán” diante dos conquistadores espanhóis em 1521 e será apresentada no Palácio de Belas Artes e no Zócalo, principal praça pública do país, por motivo dos festejos, detalhou a prefeita da capital, Clara Brugada, cujo governo produz a obra.
A ária desta ópera, original do músico Aniceto Ortega e estreada em 1871, foi interpretada em fevereiro durante um funeral de estado simbólico liderado por Sheinbaum em homenagem a Cuauhtémoc, governante mexica derrubada na conquista.
Em 26 de julho, cerca de 830 atores e 3.500 dançarinos participarão da encenação no Zócalo, onde será realizada a representação histórica.
Os 700 anos da fundação de Tenochtitlán já foram comemorados em 2021 pelo presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), co-partidário de Sheinbaum, uma vez que existem diferentes datas para a efeméride.
O novo governo se baseia na data de julho de 1325 por ser “a mais mencionada nas fontes históricas”, afirmou a arqueóloga Lorena Vázquez durante a habitual coletiva de imprensa de Sheinbaum.
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