O novo governo de esquerda do México centrará a sua política migratória no respeito aos estrangeiros e mexicanos que quiserem se deslocar pelo território nacional e no desenvolvimento social, em apego ao Pacto Mundial de Migrações, disse o chanceler Marcelo Ebrard nesta quarta-feira (19).

Nesta quarta “foi aprovado o Pacto Mundial para uma migração segura, ordenada e regular pela ONU. O México concorda com este acordo e, por isso, criamos esta nova política migratória”, declarou Ebrard.

O plano para o sexênio 2018-2024 “tem dois eixos. O primeiro tem ênfase no respeito e na promoção dos direitos humanos dos migrantes. O segundo é o desenvolvimento social e econômico”, disse, por sua vez, o titular do Instituto Nacional de Migração (INM), Tonatiuh Guillén.

Os migrantes que atualmente chegam ao México, “que vêm da América Central, têm se movido de maneira forçada e obrigada por fatores de desenvolvimento socioeconômico ou de fragilidade dos Estados”, continuou Guillén.

Um dos pontos do novo plano migratório será ampliar o programa de vistos de trabalho fronteiriços de Guatemala e Belize para El Salvador e Honduras.

O México atenderá “de forma prioritária os mexicanos no exterior e nos Estados Unidos” e “apoiará os processos de regularização” dos estrangeiros que entram no país, acrescentou o titular do INM.

Atualmente, na cidade mexicana de Tijuana se encontram milhares de migrantes que chegaram em caravanas nos últimos dois meses, na esperança de que os Estados Unidos lhes fornecesse refúgio.

O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, que assumiu o cargo em 1º de dezembro, pretende conceder milhares de cartões de “visitante por razões humanitárias” aos integrantes dessas caravanas para que possam transitar pelo território mexicano e ter acesso a serviços públicos e de emprego.