O México investirá cerca de 8,2 bilhões de dólares (44,8 bilhões de reais na cotação atual) em fundos públicos para ampliar e modernizar o sistema de distribuição de energia elétrica do país, anunciou nesta quinta-feira (21) sua presidente, Claudia Sheinbaum.
Após uma reforma do governo de esquerda, que em outubro passado revogou leis que abriam parcialmente a produção de energia para o setor privado, o Estado voltou a ter um papel dominante no setor.
Esta injeção de capital faz parte de um plano para o período 2025-2030, que totaliza cerca de 32 bilhões de dólares (175,1 bilhões de dólares na cotação atual) e já havia sido anunciado em setembro passado.
“É um investimento muito importante. São 8,177 bilhões de dólares para o sistema de transmissão de energia elétrica do nosso país”, disse Sheinbaum em sua habitual coletiva de imprensa matinal.
Na mesma conferência, a secretária de Energia, Luz Elena González, informou que serão construídas “275 novas linhas estratégicas e 524 subestações elétricas”.
Sheinbaum disse que esses investimentos visam dar “certeza” de que haverá eletricidade suficiente para a população e para o desenvolvimento industrial e comercial.
A reforma de outubro passado, impulsionada pelo governo de Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), antecessor e aliado da atual presidente, mantém a porta aberta para investimentos privados, mas de forma muito limitada.
A gigante da energia espanhola Iberdrola anunciou no mês passado a venda de sua subsidiária mexicana por US$ 4,2 bilhões (22,9 bilhões de reais na cotação atual) ao grupo Cox ABG, também da Espanha.
A empresa, duramente criticada por López Obrador, afirmou que a transação responde a uma estratégia de se concentrar em outros mercados mais rentáveis, como os Estados Unidos e o Reino Unido, conforme indicado em 31 de julho.
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