México afirma que ajuda militar dos EUA não faz parte de acordo de segurança

A ajuda militar oferecida pelos Estados Unidos ao México para o combate ao crime organizado não faz parte do acordo de segurança que ambos os países estão perto de firmar, garantiu a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira (5).

A mandatária e seu contraparte americano, Donald Trump, concordaram na semana passada em adiar por 90 dias a imposição de tarifas às exportações do país que o magnata havia anunciado em meados de julho, quando afirmou que o México não fazia o suficiente para conter o tráfico de drogas para seu território.

Ao comunicar tal adiamento, Sheinbaum disse que os dois países estavam próximos de fechar um acordo sobre segurança contra o tráfico de armas e drogas por meio da fronteira comum.

A ajuda militar “não está em discussão” nas negociações deste pacto, afirmou a presidente em sua habitual coletiva de imprensa matinal nesta terça.

Acrescentou, ainda, que “o acordo está pronto”, mas não há uma data definida para sua assinatura.

A governante de esquerda recordou que já havia rejeitado anteriormente uma oferta de Trump de enviar soldados ao México para enfrentar os cartéis do narcotráfico.

“O presidente Trump, em algum telefonema, me propôs que o Exército dos Estados Unidos pudesse entrar [no México] e eu disse que não”, lembrou Sheinbaum sobre a oferta divulgada em maio por ambos os governantes.

“Eles podem insistir novamente, mas este assunto não está em discussão”, enfatizou.

Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump acusa o governo mexicano de não fazer o suficiente para combater o tráfico de drogas, em particular o letal fentanil, e ameaça impor tarifas sobre as importações do México como uma medida de pressão para que o país redobre seus esforços em segurança.

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