O novo álbum da cantora Karinah, intitulado “Meu Samba”, já está nas plataformas digitais e vem fazendo grande sucesso. Composto por dez faixas, o projeto representa a alma carioca de uma artista nascida em Curitiba, que encontrou no samba sua verdadeira casa. Com direção artística e participação especial de Zeca Pagodinho, o disco é distribuído pela Universal Music e simboliza uma nova fase na carreira de Karinah, que nesta semana também celebrou seus 44 anos de vida.
Mais do que apenas um conjunto de músicas, “Meu Samba” é uma jornada pessoal. Amor, fé, acolhimento, amizade e inspiração se misturam neste trabalho, que, segundo a própria Karinah, reflete exatamente o momento que ela está vivendo.
Samba de grandeza e abençoado por grandes nomes do gênero, o projeto carrega ainda uma força que dialoga com a tradição e, ao mesmo tempo, com o presente da música brasileira.
Em 2024, Karinah participou da turnê que celebrou os 50 anos de carreira de Alcione, abrindo mais de 30 shows pelo Brasil e conquistando plateias em todo o país. Foi durante uma dessas apresentações, no Rio de Janeiro, que Zeca Pagodinho assistiu à sua performance e se encantou com a energia da artista.
A direção artística do álbum é assinada por Max Pierre, nome responsável por mais de 60 milhões de discos vendidos. O trabalho mergulha nas influências de grandes referências do samba como Clara Nunes e Beth Carvalho, mas preserva a essência e autenticidade de Karinah.
“Max disse que eu parecia estar entre Clara Nunes e Beth Carvalho, e perguntou se era esse o caminho que eu queria seguir. Eu disse que sim. Foi quando ele respondeu: ‘Vamos fazer a sua verdade vir a tona.’ Nenhum produtor tinha me falado algo assim até então”, compartilha a cantora.
A partir desse encontro com Zeca, nasceu uma conexão que logo virou parceria. E pouco tempo depois, no Bar do Zeca, na Barra da Tijuca, ela ouviu pela primeira vez as músicas que dariam forma ao novo projeto.
Entre os destaques do disco está a faixa de abertura “Sou do povo”, com arranjo de Mauro Diniz. A música traz à tona a força feminina no samba, reafirmando o empoderamento como marca de Karinah. A faixa começa com energia vibrante, conduzida pelas platinelas de Carlinhos Pandeiro de Ouro, e ganha ainda mais corpo com a flauta e o clarinete de Dirceu Leite
“Que distância”, a canção mais romântica do álbum, traz uma interpretação suave e intensa de Karinah. Gravada de forma espontânea, a faixa mantém a emoção da primeira vez. O arranjo de Julinho Teixeira e o violão de sete cordas de Carlinhos 7 Cordas completam a atmosfera delicada.
Os arranjos foram assinados por grandes nomes como Mauro Diniz, Pretinho da Serrinha, Julinho Teixeira e Rildo Hora, além da participação de músicos renomados como Dirceu Leite, Milton Guedes, Tutuca Borba, Carlinhos 7 Cordas, entre outros.
O aspecto visual do projeto também se destaca. A concepção e direção artística das imagens são de Gringo Cardia, que retratou Karinah como uma verdadeira diva do samba, posando entre carros alegóricos da escola Mangueira, com a qual a artista tem forte ligação afetiva e social. O resultado são dez capas visuais, uma para cada faixa, e uma série de visualizers que enriquecem a experiência sensorial do álbum.
Misturando músicas inéditas e uma nova interpretação de “Verdade”, sucesso consagrado na voz de Zeca Pagodinho, agora regravado com a força vocal feminina de Karinah, “Meu Samba” reafirma a potência da cantora e aponta novos horizontes para sua trajetória no gênero.