O líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela, assegurou de Bogotá que retornará ao seu país, apesar do risco de ser preso por desrespeitar uma ordem judicial chavista que o impedia de deixar o país.

“Um preso não serce para ninguém, um presidente exilado tampouco. Estamos em uma zona inédita. E minha função e meu dever é estar em Caracas apesar dos riscos, apesar das implicações”, disse Guaidó em uma entrevista difundida nesta terça-feira pelo canal NTN24.

Guaidó chegou à Colômbia na última sexta-feira para coordenar a entrega de ajuda humanitária por a fronteira com a Venezuela, país que enfrenta uma severa crise econômica, com a carência de alimentos e medicamentos. A tentativa frustrada levou a confrontos com as tropas leais a Nicolás Maduro.

Também participou em Bogotá da reunião do Grupo de Lima, que se comprometeu a apertar o cerco contra Maduro, mas sem recorrer à força.

Guaidó insistiu que voltará nesta semana a Caracas para exercer suas “funções”, “se decidirem dar o passo” de prendê-lo.

A Colômbia denunciou “ameaças sérias” contra Guaidó e responsabilizou o governo “usurpador” do que possa acontecer a ele. Maduro disse que Guaidó deverá responder à justiça.