O Metrô de São Paulo apresentou uma queixa à polícia por falsa comunicação de crime contra uma estudante de 18 anos que alegou ter sido estuprada dentro da estação Sacomã (linha 3-verde), na última quarta-feira (22), e que depois recuou da própria denúncia feita às autoridades. As informações são da Folha de S.Paulo.

Segundo a primeira versão da jovem, um homem desconhecido a teria ameaçado com uma arma de fogo e a levado para “um canto”. A mãe da estudante disse também que, depois do crime, ela teria sido acompanhada pelo agressor até a estação São Joaquim do metrô, já na linha 1-azul.

Nesta segunda (27), no entanto, ela não tornou a confirmar a ocorrência do crime, de acordo com a polícia.

Em entrevista à Folha, o secretário da Segurança de São Paulo Mágino Alves afirmou que a polícia continua investigando o caso, mas que a agressão não foi registrada por nenhuma câmera de segurança. “O metrô é uma área totalmente filmada. Não se conseguiu mostrar a existência do crime”, disse.

De acordo com o Código Penal, a falsa comunicação de um crime pode ser punida com seis meses a um ano de prisão ou uma multa, algo definido pela Justiça.

Na capital paulista, segundo dados do governo, os estupros caíram 7% no mês de julho deste ano, em relação ao mesmo mês de 2017. Foram de 197 para 183 registros nesse intervalo. No acumulado dos sete meses, há um acréscimo de 9%. Em números absolutos, as notificações foram de 1.384, no passado, para 1.514, neste ano.