O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu que o país gerará um crescimento econômico anual de 4%, uma projeção vista como não realista ou que, se fosse atingida, provavelmente geraria mais inflação e um déficit maior. A primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre, que sai nesta sexta-feira, mostrará quão distante o objetivo do novo presidente está.

Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal estimam que o PIB tenha crescido à taxa anualizada de 2,2% no quarto trimestre de 2016, abaixo do ritmo de 3,5% do terceiro trimestre. Com isso, os EUA terão outro ano de cerca de 2% de crescimento, ampliando o que é a expansão mais fraca no pós-guerra no país.

A economia não cresce 4% desde 2000. No geral, desde 1950, a economia americana avança em média cerca de 3% ao ano. Os planos de Trump de gastar mais com infraestrutura, reduzir impostos, renegociar acordos e afrouxar regulações podem dar um impulso à economia, mas não podem fazer tanto. No geral, o Banco Mundial projeta crescimento de 2,5% nos EUA neste ano e de 2,9% em 2018.

Em outro relatório, o Escritório do Orçamento do Congresso projeta crescimento de cerca de 2% ao longo da próxima década no país. O órgão considerou a meta de 4% “quase impossível de se atingir ao longo de um período sustentável”, a menos que se levem em conta fatores transformadores que fogem do controle do governo. Fonte: Dow Jones Newswires.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias