Meta bloqueará menores de 16 anos de redes sociais na Austrália

SIDNEY, 25 NOV (ANSA) – Menores de 16 anos estarão proibidos de ter perfis em redes sociais do conglomerado Meta na Austrália. A gigante da tecnologia já começou a emitir comunicados sobre a medida, cujo bloqueio será antecipado para o próximo 4 de dezembro.   

Inicialmente prevista para o dia 10 do próximo mês, a Meta, que detém a propriedade do Instagram, Facebook e Threads, começou a informar que usuários com até 15 anos de idade nessas plataformas terão suas contas excluídas a partir do dia 4, assim como ficarão bloqueadas novas inscrições para esse público, que na Austrália é estimado em ao menos 350 mil perfis no Instagram e 150 mil no Facebook.   

Os avisos têm sido enviados por e-mail, SMS e notificações nos aplicativos com a seguinte mensagem: “Em conformidade com a legislação australiana, os usuários têm duas semanas para copiar ou excluir seus dados”.   

Ao mesmo tempo, a Meta também pede aos menores afetados que deixem um contato para reativar a conta após completarem 16 anos.   

No entanto, o conglomerado americano admite que seu sistema de exclusão de contas “reconhecidas com maior probabilidade de pertencer a menores de 16 anos pode comer imprecisões”, levando alguns usuários com idades superiores a serem bloqueados por erro.   

Estudos independentes e os próprios testes do governo australiano sobre a confiabilidade das tecnologias de verificação revelaram margens de erro substanciais: em média, quase um em cada sete jovens de 16 anos corre o risco de um falso negativo.   

Para contestar a desativação, os usuários deverão enviar uma captura de tela facial por meio de uma selfie em vídeo ou apresentar uma digitalização de um documento oficial. A verificação será realizada pela Yoti, empresa especializada em estimativas de idade baseadas em inteligência artificial. A empresa garante que os dados não serão armazenados.   

Ainda não está claro qual será o recurso para os proprietários de perfis que forem bloqueados por engano e que não puderem exibir um documento como comprovação.   

O CEO da Meta na Austrália, Will Easton, reconheceu que a proibição “apresenta desafios reais”, ao mesmo tempo que destacou as medidas de segurança já implementadas na plataforma.   

Ele acrescentou que a Meta continuará “trabalhando com as autoridades para equilibrar a proteção infantil, a privacidade e a utilidade social de seus aplicativos”. (ANSA).