ROMA, 25 JUL (ANSA) – A gigante de tecnologia Meta anunciou nesta sexta-feira (25) que não permitirá mais anúncios pagos relacionados a temas sociais, eleitorais e políticos na União Europeia a partir de outubro.
Em nota, a empresa afirmou que foi “uma decisão difícil”, mas que atende a “nova regulamentação da UE sobre transparência e direcionamento de publicidade política”, que levará os usuários a “verem menos anúncios personalizados” nas plataformas.
“As novas medidas não impedirão que cidadãos ou candidatos [políticos] da UE publiquem conteúdo e discutam questões políticas. No entanto, esse conteúdo não pode ser impulsionado com anúncios pagos”, explica a Meta, que criticou o novo regulamento europeu ao introduzir novos desafios para os processos e sistemas da empresa.
Segundo a companhia, as novas regras “impõem restrições severas à segmentação e distribuição de anúncios, reduzindo a capacidade dos perfis que veiculam conteúdo relacionado a questões políticas e sociais de alcançarem seus públicos de forma eficaz”.
“Isso faz com que os usuários vejam propagandas menos relevantes em nossas plataformas”, afirma a Meta, acrescentando não ser “a única empresa forçada a fazer essa escolha”.
“Mais uma vez, nos deparamos com obrigações regulatórias que estão efetivamente causando o desaparecimento de produtos amplamente utilizados do mercado, impactando a liberdade de escolha e a concorrência”, finaliza o comunicado. (ANSA).