Entre Lionel Messi e o Paris Saint-Germain, clube com o qual assinou na terça-feira, a história não é nova, marcada por confrontos épicos, uma rivalidade crescente com o Barcelona e uma sedução de longa data para atrair o melhor jogador do mundo para a capital francesa.
Pela primeira vez, o Barça e o astro argentino enfrentaram o PSG versão QSI – Qatar Sports Investments -, nas quartas de final da Liga dos Campeões 2012-13. Era a segunda temporada do clube sob administração catari, que já contava com um time de estrelas mundiais para enfrentar os catalães. Zlatan Ibrahimovic, David Beckham e companhia foram derrotados, mas não ficaram tão atrás de um dos melhores times da Europa, liderado por Messi que balançou as redes no Parque dos Príncipes no jogo de ida (2-2, 1-1 na partida de volta).
Um ano após o primeiro duelo entre os dois clubes, parisienses e catalães se encontraram na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Embora as duas equipes consigam uma vitória cada – 3-2 para o PSG no Parque dos Príncipes, 3-1 para o Barça no Camp Nou -, o trio formado por Messi, Luis Suárez e Neymar, o famoso ‘MSN’, faz estragos no PSG, marcando os cinco gols de sua equipe nos dois jogos.
Eles voltam a se enfrentar em abril, nas quartas de final. Os mesmos protagonistas aparecem novamente: o Barça vence por 3 a 1 em Paris graças a Neymar e uma dobradinha de Suárez, antes de vencer por 2 a 0 na volta com dois gols do brasileiro. Messi teve que se contentar com uma assistência, mas fez dois grandes jogos.
‘La Pulga’ pôde ver de perto a eclosão de um de seus novos companheiros de equipe. Por ocasião das oitavas de final da Liga dos Campeões 2016-17, o argentino enfrentou um imparável Presnel Kimpembe. O clube da capital parisiense venceu por 4 a 0 no Parque dos Príncipes.
Mas na partida de volta algo impensável acontece em uma noite louca que marca até hoje a história europeia do PSG. Quando perdia por 3 a 1 aos 87 minutos, resultado com o qual estava virtualmente classificado apesar de tudo, o PSG sofreu três gols e foi eliminado da competição.
Em Barcelona, o pequeno argentino liderou, junto com Neymar, esta reviravolta inédita.
Quatro anos depois, na fase de mata-mata da Liga dos Campeões, a dinâmica não é a mesma. O Barça mal consegue renovar o seu elenco enquanto o PSG vem de uma temporada em que chegou à final da Liga dos Campeões.
Embora Messi abra o placar convertendo um pênalti, seus companheiros não podem fazer nada diante do endiabrado Kylian Mbappé, autor de um hat-trick fechando a vitória por 4 a 1. O camisa 10 marca no jogo de volta (1-1), mas não consegue evitar uma eliminação precoce que o faz reconsiderar um pouco mais um futuro já incerto no clube catalão.
E o PSG soube aproveitar isso… Dirigentes e jogadores parisienses não pouparam esforços para atrair o argentino. A última prova disso foi no dia 4 de agosto, com uma foto publicada pelo amigo Ángel Di Maria, durante uma noite em Ibiza na companhia de Neymar, Marco Verratti, Leandro Paredes e do próprio Messi.
Antes, em dezembro de 2020, Neymar havia declarado sua grande vontade de voltar a jogar com o argentino. “Eu o colocaria na minha posição sem problemas”, brincou o brasileiro quando questionado sobre como fazer Messi jogar no PSG. Desta vez, a proposta final do PSG se encarregou do resto.
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