Mais uma vez a rodada foi favorável, mas o Vasco não conseguiu os três pontos em um confronto direto. Durante toda campanha isso tem se repetido e não há mais margem para erros. Nos Aflitos, a equipe não teve uma boa atuação, mas conseguiu abrir 2 a 0. Contudo, novamente a bola aérea deu o ar da graça e a fragilidade defensiva fez o time deixar pontos pelo caminho no empate por 2 a 2 com o Náutico.

No embalo da torcida, o Timbu forçou o erro na saída de bola do Vasco e incomodou desde o início do jogo. Porém, os visitantes conseguiram abrir o placar justamente em um erro da defesa dos pernambucanos. Rafael Ribeiro se enrolou e deu a bola nos pés de Nene. O camisa 77 foi esperto, percebeu o goleiro Anderson fora do gol e finalizou sem chances de defesa.

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Dez minutos depois, o Gigante da Colina ampliou o placar em mais um erro na saída de bola do Náutico. Pec aproveitou e tocou de peito para Nene, que de calcanhar, achou Marquinhos Gabriel na área. O meia cruzou para Cano marcar e fazer o L, como de costume. O time se mostrava letal e construía uma boa vantagem para a sequência da partida.

No entanto, os donos da casa apostaram no “calcanhar de Aquiles” da defesa do Vasco na temporada: a jogada aérea. E foi através da força física, que os pernambucanos descontaram e mostraram estar vivos no jogo. Hereda colocou na frente e cruzou. Zeca marcou a bola e só olhou Vinícius cabecear, sem chance para Lucão.

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O Timbu teve mais volume e simplesmente cruzou trinta vezes ao longo de todo jogo. Além disso, foram 26 lançamentos, o que mostra a estratégia bem definida da equipe de Hélio dos Anjos. O Vasco, por sua vez, só incomodou em lances esporádicos, nos erros do adversário. No primeiro tempo, Cano ainda teve um lance em que tentou por cima, mas não fez o terceiro.

A partir da volta do intervalo, quem assistia ao jogo percebia a superioridade do Timbu e entendia que o gol de empate era questão de tempo. O Cruz-Maltino praticamente não voltou para a etapa final e ficou nas cordas em vários momentos. Com muitos erros na saída de bola e muita insegurança de Lucão, os cariocas eram pressionados e o Náutico tinha o controle da partida.

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Jean Carlos passou a assumir o papel de protagonista dos pernambucanos e foi decisivo. Começou a se destacar nas bolas paradas e foi dos pés dele que saiu a cobrança de falta na cabeça de Yago. Na marcação, Marquinhos Gabriel e Zeca, atletas bem mais baixos que o zagueiro. Falha de execução do sistema defensivo, que mais uma vez pecou no posicionamento e na movimentação.

Na partida, Diniz fez apenas duas substituições e colocou Andrey e Léo Jabá em campo. Contudo, o Vasco não conseguiu ser efetivo para buscar a vitória e atacou pouco. Nene arriscou de longe e assustou a meta alvirrubra. Em seguida, Walber cabeceou, mas o arqueiro fez grande defesa e a bola ainda tocou o poste esquerdo.

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A atuação esteve longe de agradar, mas como Diniz disse em entrevista coletiva, fica o “sabor amargo” por ter dois gols de vantagem e não sair com os três pontos. Faltam sete jogos e a diferença é de cinco pontos, o que resume bem o desafio do Vasco. A reta final terá que ser perfeita para garantir o acesso e os deslizes defensivos terão que ser corrigidos. Erros que o torcedor conhece bem e que já perduram por mais de 90% da temporada.