Mesmo indiciados, Valdemar da Costa Neto e outros nove não foram denunciados pela PGR

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Valdemar Costa Neto ao lado de Jair Bolsonaro Foto: Reprodução/Youtube

A PGR (Procuradoria-Geral de República) não incluiu na denúncia da trama golpista enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira, 18, dez pessoas que haviam sido indiciadas pela PF (Polícia Federal) em novembro de 2024 na investigação das autoridades. Entre os que ficaram de fora estão Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e Tércio Arnaud, ex-assessor da presidência.

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A PGR denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação também envolve outros militares, entre eles, o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os indiciados pela PF que foram deixados de fora pela PGR além de Valdemar da Costa Neto e Tércio Arnaud foram, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, Amauri Feres Saad, Anderson Lima de Moura, Aparecido Portela, Carlos Giovani Delevati Pasini, Fernando Cerimedo – marqueteiro de Javier Milei – José Eduardo de Oliveira e Silva e Laercio Vergilio.

Na denúncia encaminhada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalha a participação de Bolsonaro e dos demais acusados e afirma que o grupo agiu com violência e grave ameaça para impedir o funcionamento dos Poderes da República e para tentar depor o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda de acordo com a denúncia, Bolsonaro contou com o auxílio de aliados, assessores e generais para “deflagrar o plano criminoso”, que teria ocorrido por meio de ataques às urnas eletrônicas, afronta às decisões do Supremo e incentivo ao plano golpista, entre outras acusações.