06/02/2024 - 16:03
Suzane von Richthofen, que foi condenada por matar os pais, Manfred e Marísia, em 2002, resolveu tentar apagar seu passado macabro ao assumir uma nova identidade. Segundo informações do biográfico Ulisses Campbell, na coluna True Crime, do jornal O Globo, ela registrou em cartório seu novo nome social após assinar uma união estável. Agora, aos 40 anos, passa oficialmente a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz.
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Ainda de acordo com Campbell, a mudança do nome de Suzane aconteceu em 13 de dezembro do ano passado. Ela assinou uma declaração de união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz, de 39 anos, em um cartório em Angatuba, São Paulo. Os dois mantêm um relacionamento desde março de 2023.
Casamento com médico e gravidez
No dia 26 de janeiro, Suzane deu à luz seu primeiro filho no Hospital Albert Sabin, em Atibaia, no interior de São Paulo, fruto de seu relacionamento com o médico. Os dois teriam se conhecido pela internet e engatado um relacionamento sério e logo em seguida Suzane teria passado a morar com ele em um condomínio de Bragança Paulista (SP).
A criança carrega o nome do pai, Felipe, e a mudança no sobrenome de Suzane seria uma forma de evitar que a criança seja associada, através de seu sobrenome, relacionado ao crime brutal.
Felipe já tem outros dois filhos com sua ex-mulher, que não teria lidado bem com a notícia do novo relacionamento do médico.
Regime aberto
Em 11 de janeiro de 2023, Suzane Von Richthofen ganhou liberdade depois de cumprir pena pelo assassinato dos pais. Ela, que estava presa em Tremembé, interior de São Paulo, teve a progressão de pena para o regime aberto concedida pela Justiça. Suzane e seu namorado na época, Daniel Cravinhos, com a ajuda do irmão dele, Cristian, foram os responsáveis pelas mortes de Manfred e Marísia Von Richthofen, em outubro de 2002.
Mesmo em regime aberto Suzane pode trocar sobrenome?
A IstoÉ Gente conversou com Rafael Gonçalves, advogado especialista nas áreas de Direito de Família e Sucessões, Violência doméstica, Direito Empresarial com foco em Holding Familiar, que explica se mesmo após ter sido condenada por mandar matar os pais, Suzane pode mudar de nome. Entenda!
“De acordo com a Lei 14.382/2022 que modificou os artigos 56 e 57 da lei dos Registros Públicos (6.015/73), tanto Suzane ou qualquer outra pessoa registrada, após atingir a maioridade civil, pode requerer, independentemente de decisão judicial, a alteração de seu prenome, de forma imotivada. Para solicitar a alteração, basta a pessoa comparecer no cartório de registro civil munida de certidões e documentos pessoais manifestando apenas o seu desejo”, afirma o profissional.
Rafael Gonçalves ainda diz que mesmo Suzane estando em regime aberto e cumprindo pena, é necessário informar o juiz da execução de pena, para que ele proceda com as alterações legais, tanto em cadastros, quando nos processos.
“A alteração do prenome não altera o histórico criminoso, ou ficha de antecedentes, que serão atualizados nos sistemas, e facilmente consultados. Em resumo, Suzane muda o prenome, mas não apaga a vida criminosa dela. Qualquer agenda público que tiver acesso as pesquisas, vai saber que trata-se da mesma pessoa”, completa o advogado.