ROMA, 15 MAR (ANSA) – Lixo, entulho, enxames de insetos, objetos destruídos e descartados, como colchões velhos, e um cheiro nauseante. O chamado “túnel de Mussolini”, uma galeria subterrânea no Parque de Centocelle de Roma de 1.110 metros de comprimento, está novamente abandonado. De nada serviram os esforços dos voluntários e das associações de cidadãos, principalmente da Comunità Pubblico di Centocelle, da Rete del Settimo Biciclettari e da Associazione Nuova Vita, que na metade de dezembro do ano passado arrumaram o espaço, recolhendo os entulhos e o lixo, para que os moradores da região e até turistas pudessem passar por ele a pé ou de bicicleta. O objetivo dos voluntários era permitir com que as pessoas pudessem conhecer as belezas do parque e realizar um percurso de bicicleta que ligaria em 10 minutos o Parque de Centocelle ao dos Acquedotti. Desejado pelo ex-ditador fascista italiano Benito Mussolini, o túnel começou a ser construído em 1943 pela Società delle Tramvie e Ferrovie Elletriche (Stefer), companhia que gere o transporte público romano, e deveria receber a linha de trem que ligaria a estrada de via Casilina ao centro da capital italiana.   

“É um recurso que se for utilizado corretamente poderá ter valor histórico e arqueológico” para Roma, disse o presidente do Comitê Quartiere Torrespaccata, Daniele Eleuteri, sobre o espaço. (ANSA)