Mesmo com toda crise que assola o PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, a reforma da Previdência tende a ser aprovada no plenário do Senado Federal e ir para a sanção presidencial. O início da votação em plenário está previsto para a terça-feira, 22. A avaliação é do cientista político e professor da FGV Marco Antônio Carvalho Teixeira.

“PSL nunca foi exemplo de coesão no parlamento, por isso, a realidade da votação da reforma da Previdência não deve ser alterada por conta de todo esse imbróglio”, disse o professor da FGV. “E como (a reforma) está tramitando no plenário do Senado, o efeito é menor, está tudo já precificado para o mercado”, reiterou.

Na sua avaliação, a crise no PSL mostra que a eleição do presidente da República deu certo mais por fatores alheios ao grupo, como a facada que recebeu em Juiz de Fora, na véspera do feriado de 7 de setembro. “A sensação é que estamos no pior dos mundos e é esse grupo que comanda o nosso País”, destacou. E no pano de fundo de toda essa crise está o milionário fundo partidário.

Para Carvalho Teixeira, independentemente do desfecho da crise, pois os ventos mudam a cada minuto, uma coisa é certa: tanto o PSL quanto Bolsonaro sairão menores desse imbróglio. “Quando novela do PSL acabar, tanto sigla quanto Bolsonaro saem menor”, emendou, destacando o desgaste e as baixas que deverão ocorrer.


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