O candidato à Presidência padre Kelmon (PTB) recebeu apenas 81.129 votos nas eleições deste ano e ficou em sétimo lugar na corrida eleitoral. Apesar de ter aparecido nos debates do SBT e da TV Globo, com direito a embates com o ex-presidente Lula (PT), o desempenho de Kelmon ficou mais próximo do de outros candidatos que não tiveram a mesma exposição em rede nacional.
Leonardo Péricles (UP), que ficou em oitavo lugar, alcançou 53.519 votos. Sofia Manzano (PCB) teve 45.620 votos, Vera Lucia (PSTU) recebeu 25.625 e Constituinte Eymael amargou o último lugar com 16.604 votos.
Nos debates, Kelmon atuou como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a bater boca com Lula no debate da TV Globo. Ele pode participar dos debates porque o partido dele na Câmara tem mais de cinco representantes no Congresso (12 no total). Porém, na próxima legislatura, o PTB terá apenas um deputado federal como representante no Congresso.
Apesar de se intitular padre, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou que o candidato do PTB não tem nenhum tipo de vínculo com a Igreja Católica.
O arcebispo da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Ángel Ernesto Morán Vidal, declarou que Kelmon tem vínculos com o segmento religioso. Padre Kelmon, no entanto, não faz parte da Igreja Católica tradicional, ligada ao papa.
Ele virou candidato ao Palácio do Planalto após o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) ter sido impedido de concorrer pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Jefferson foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficou inelegível nessa disputa após ser condenado no caso do mensalão.
* Com informações da Agência Estado
