Presentes em cinco capitais brasileiras, as unidades da Caixa Cultural levam ao público, até o próximo mês, programação dedicada ao Dia da Consciência Negra, celebrado hoje (20). A data, criada em 2011 para lembrar a morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do país no século 17, além de reverenciar importantes expoentes da arte, também tem como propósito estimular reflexões em torno do racismo.

Em Salvador, o público poderá visitar, até 30 de dezembro, a exposição multimídia inédita Àse – Poéticas de Empoderamento, que apresenta imagens, objetos e acervos provenientes de seis instituições culturais afro-baianas – Afoxé Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Muzenza, Didá e Cortejo Afro – e que evocam e documentam a luta pela igualdade e a beleza da identidade negra. A mostra é dividida em quatro partes: Origens, que referencia o candomblé, religião de matriz africana, e Dança, Música e Estética, que mostram o processo de construção de subjetividades do negro.

Além de recuperar, ainda, a história de cada instituição, a exposição põe o público em contato com obras do arquivo fotográfico Zumbi, que, fundado pelo fotógrafo baiano Lázaro Roberto, deita o olhar sobre a representação dos negros da periferia soteropolitana. Outros nomes presentes na mostra são Mário Cravo Neto e Pierre Verger, etnólogo e antropólogo francês que viveu em Salvador.

Em São Paulo, a peça teatral Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro, da companhia Nóis de Teatro, chega, nesta terça-feira (20), à última apresentação. A obra discute os meandros poéticos e políticos do teatro na periferia de Fortaleza.

A programação completa, prevista para Recife, São Paulo, Fortaleza, Salvador e Brasília está disponível no site da Caixa Cultural.