Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira, 15, em alta à medida que os investidores optaram por ir às compras diante do noticiário envolvendo as relações comerciais entre Estados Unidos e China. O impasse em torno das negociações do processo de saída do Reino Unido da União Europeia também foi monitorado pelos agentes, assim como indicadores que mostram um bom estado da saúde da economia americana.

O índice Dow Jones terminou a sessão com alta de 0,83%, cotado a 25.289,27 pontos; o S&P 500 subiu 1,06%, aos 2.730,20 pontos; e o Nasdaq teve ganho de 1,72%, aos 7.259,03 pontos.

Indicações de fontes ouvidas pelo Financial Times de que o representante comercial americano, Robert Lighthizer, teria dito a empresários do setor industrial que novas tarifas a serem implementadas sobre produtos chineses estariam “em suspenso” animaram os investidores e levaram as bolsas de Nova York às máximas do dia ao longo da tarde. As informações, contudo, foram negadas pelo Escritório do Representante Comercial (USTR, na sigla em inglês). Em comunicado divulgado na reta final do pregão, o órgão apontou que Lighthizer não fez nenhuma declaração desse tipo e ressaltou que o plano de impor barreiras à China “não mudou em nada”.

Mesmo com a negação do USTR, a notícia impulsionou os ganhos nos mercados americanos. No setor industrial, a ação da Caterpillar chegou a subir mais de 4% e fechou com avanço de 3,45%, enquanto o papel da 3M apresentou alta de 3,46%. Já no setor de tecnologia, que vem sendo afetado duramente pela desconfiança dos investidores, a ação da Apple subiu 2,47%, a da Alphabet ganhou 1,56% e a da Microsoft mostrou alta de 2,20%.

No início do dia, os mercados americanos operaram em queda, à medida que os agentes monitoraram o agravamento do impasse em torno de um acordo para o Brexit. A notícia se somou a números acima do esperado do consumo nos EUA, com as vendas no varejo subindo 0,8% na passagem de setembro para outubro, acima das projeções de alta de 0,5%. No entanto, o resultado de setembro foi revisado, e passou de avanço de 0,1% na comparação com agosto para queda de 0,1%. Isso fez com que tanto o Goldman Sachs quanto o JPMorgan revisassem suas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) anualizado do terceiro trimestre de 3,8% para 3,6%.

O impasse em torno do Brexit teve um impacto negativo nos recibos de ações de bancos britânicos negociados em Nova York. O American Depositary Receipt (ADR) do Royal Bank of Scotland caiu 5,11%, o do Lloyds recuou 6,62% e o do Royal Bank of Scotland despencou 9,06%. “Já seria difícil para a primeira-ministra Theresa May conseguiu aprovar seu acordo para o Brexit por meio do Parlamento e com as renúncias de membros do gabinete isso se torna ainda mais difícil”, afirmou o diretor global da BNY Mellon Investment Management, Shamik Dhar.

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