O mercado de trabalho formal da construção está em alta. De janeiro a maio, o setor gerou 159,2 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada. Com isso, o setor da construção atingiu, em maio, a marca de 2,9 milhões de pessoas empregadas em todo o País, uma alta de 6,12% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse também é o maior patamar desde novembro de 2014.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram compilados e divulgados nesta segunda-feira, 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
“A geração de vagas de janeiro a maio significa o maior número dos últimos 12 anos”, apontou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, em apresentação à imprensa. “Se continuar com esse desempenho positivo no ano, poderemos atingir marca de 3 milhões de pessoas empregadas no setor em breve”, afirmou a economista.
A construção de edifícios foi responsável por 42,5% do total de vagas geradas de janeiro a maio, o que foi atribuído à evolução do Minha Casa Minha Vida (MCMV) após os benefícios implantados no programa desde o ano passado. Já os serviços especializados responderam por 32,9% das vagas, enquanto o segmento de obras de infraestrutura contribuíram com 24,6%.
“Todos os três segmento da construção continuam positivos para a geração de novos empregos, o que fortalece muito o mercado formal de empregos no país. Atualmente, a construção responde por 6,2% do total de trabalhadores empregados, e por 14,6% das novas vagas geradas neste ano.
A economista da CBIC observou ainda que 45% das novas vagas foram ocupadas por pessoas com 18 a 29 anos, um sinal de que o setor tem atraído pessoas mais jovens. “O setor funciona como uma entrada para o mercado de trabalho”, citou Vasconcelos.
O salário médio de admissão na construção foi de R$ 2.290 por mês, patamar acima da média nacional, que é de R$ 2.132. “É um setor que emprega rápida, com salário interessante e com duração de médio a longo prazo em virtude do andamento da obras”, destacou o presidente da CBIC, Renato Correa.
Vasconcelos disse ainda que a geração de vagas está disseminada pelo País, com todos os Estados abrindo novas vagas – com exceção apenas de Rondônia e Piauí. O maior número de vagas foi criado em São Paulo e em Minas Gerais.