O mercado de transferências de inverno (europeu) bateu novos recordes de gastos, com 1,57 bilhões de dólares (cerca de 1,46 bilhões de euros) injetados nesta janela de janeiro, valores nunca antes alcançados no futebol, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Fifa.

Devido aos fortes investimentos dos clubes ingleses, principalmente do Chelsea nas últimas semanas, o mercado superou seus padrões pré-Covid para os períodos de inverno, superando o recorde anterior, que datava de janeiro de 2018, em 230 milhões de dólares.

O órgão máximo do futebol mundial destaca em um comunicado que 57,3% do total das despesas mundiais do mês de janeiro correspondem exclusivamente aos clubes ingleses, ou seja, 898,6 milhões de dólares (cerca de 835 milhões de euros).

A Fifa não apresentou um balanço para cada clube, mas as contratações astronômicas do Chelsea, que chegariam a mais de 300 milhões de euros neste inverno (Enzo Fernández, Mykhailo Mudryk, Benoît Badiashile, Noni Madueke…) fizeram crescer os números da Inglaterra.

A França foi o segundo país que mais gastou, com 131,9 milhões de dólares (122,5 milhões de euros).

Além disso, o recorde de transferências foi quebrado na janela de inverno, com 4.387 movimentações internacionais registradas no futebol masculino. O futebol feminino também atingiu cifras históricas, com 341 contratações e 774,3 mil dólares investidos (cerca de 719 mil euros) em janeiro, mais 58,7% do que em janeiro de 2022, o recorde anterior.

No mercado de inverno de 2019, os gastos com transferências femininas haviam chegado a apenas US$ 54.000. Em quatro temporadas, os números se multiplicaram por 14, poucos meses antes da Copa do Mundo de 2023, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia (de 20 de julho a 20 de agosto).

Neste mês de janeiro, os clubes colombianos foram os que mais contrataram jogadoras (35), seguidos dos clubes espanhóis, que fizeram 31 contratações femininas. No final de janeiro, a Fifa publicou o seu relatório global sobre as transferências do ano de 2022, que indicava uma recuperação pós-Covid no mercado com um gasto de 6 bilhões de euros, dos quais 2 bi corresponderam a clubes ingleses.

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