A menopausa é marcada pelas mudanças hormonais e, por isso, a pele da mulher também tende a sofrer algumas transformações, muitas vezes impactando na autoestima. Segundo Geisa Costa, dermatologista e diretora clínica e fundadora do Art Beauty Center, o período intensifica a perda natural de colágeno (iniciada gradualmente a partir dos 30 anos), resultando em “uma pele fica mais flácida, com rugas, sensível, com dificuldade para cicatrização e ressecada”.

+ ‘Me sinto jovem novamente’: como a terapia de reposição hormonal pode ajudar na menopausa

+ Ginecologista dá dicas para melhorar a qualidade de vida na menopausa

“Com o ressecamento, a pele fica fragilizada. E é comum ocorrer coceiras, que podem se transformar em machucados. O problema é que nessa etapa há a dificuldade de cicatrização. Então a mulher pode acabar com problemas inflamatórios”, complementa a especialista.

Todas as consequências dermatológicas do período são potencializadas com hábitos como falta de cuidado com a pele, uso de produtos sem recomendação de um especialista, ausência de acompanhamento dermatológico, banhos em água muito quente, exposição ao sol sem filtro solar e alimentação não saudável. 

Principais cuidados com a pele na menopausa

Embora não seja possível evitar a menopausa, alguns métodos e práticas podem amenizar suas consequências. No aspecto dermatológico, o “segredo” é o estímulo constante da pele, segundo Geisa. Portanto, manter uma rotina diária e adequada de skincare, indicada individualmente por um dermatologista, é imprescindível.

Para quem está entrando na menopausa, a médica indica o uso de hidratante facial para pele seca, a fim de melhorar a qualidade e repor nutrientes. Outros produtos recomendados são ácidos dermatológicos, que atuam na reposição de água e a minimizam rugas, e filtro solar — mesmo em dias frios ou dentro de casa —, para evitar manchas e demais sinais de envelhecimento

Geisa, que também é membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), aconselha associar o skincare com o uso de nutricosméticos, suplementos que estimulam os cuidados de dentro para fora. Além disso, os procedimentos estéticos também são boas opções.

Entre os tratamentos estéticos para mulheres na menopausa, a médica indica “lasers, bioestimuladores de colágeno, ácido hialurônico e ultrassom micro e macrofocado”. 

+ Como o bioestimulador de colágeno atua contra o envelhecimento da pele

Vale, também, “se submeter a um teste genético da beleza, que diagnostica os danos ao DNA e aos telômeros. Os telômeros saudáveis devem ser longos, se estiverem curtos apontam sinais do envelhecimento. É uma forma de sugerir um tratamento individualizado”, pondera a médica. 

Portanto, não há “milagres” para este período. Sendo assim, para manter a qualidade da pele na menopausa, os cuidados devem ser antecipados e permanecer ao longo dos anos. Para Geisa, a regra básica é: evitar fumar e beber, usar o filtro solar e ter uma alimentação equilibrada. Com essas práticas, é possível “ter uma barreira cutânea mais fortalecida e é muito mais fácil melhorar a qualidade da pele”, conclui.