O menino de 13 anos, que perdeu todas as trufas que vendia em um semáforo em Jundiaí, no interior de São Paulo, após receber uma nota falsa de R$ 100 como pagamento, recebeu um  convite para estagiar em uma fábrica de chocolates a partir do ano que vem. As informações são do G1.

“Ele deve começar a trabalhar assim que completar 14 anos. Ele faz aniversário no final do ano. A empresa não especificou como vai ser ainda, mas é uma grande oportunidade. A fábrica também forneceu uma ajuda de custo para ele”, contou ao G1 Priscila Lima, de 33 anos, mãe do garoto.

De acordo com Priscila, após a história da nota falsa viralizar, a família recebeu diversas doações e foi possível quitar as dívidas da família. O montante arrecadado também vai ser usado para  investir em cursos para o garoto.

O menino também conseguiu uma bolsa para treinar futebol com o time do Paulista de Jundiaí. Ele e os quatro irmãos também ganharam tratamento odontológico por um ano.

Relembre o caso

O caso aconteceu no último dia 27 de maio, quando o garoto, após realizar uma venda pela qual foi pago com a nota falsa, foi até um mercado da região e perguntou para um segurança se a nota era verdadeira.

O segurança Sandro Moraes identificou a falsificação e o fiscal do mercado chegou a fazer testes que identificaram que, de fato, a cédula não era verdadeira.

“Na hora que peguei já vi que era uma falsificação muito grosseira. Era a mesma coisa de ter colocado numa impressora e feito uma cópia. Ele deve ter ficado feliz com a venda e não percebeu”, disse o segurança.

Por dentro era um papel branco. O olho dele encheu de lágrima e ficou o sentimento de impotência. Coloquei a história nas redes sociais para as pessoas ajudarem”, contou Moraes ao G1.

O menino ainda decidiu deixar a nota no mercado como exemplo para que as funcionárias do caixa não caíssem em golpes semelhantes.

“Foi honesto, não agiu de má-fé e ainda quis ajudar o pessoal. Acredito que a pessoa que repassou será difícil de achar, mas, quando colocar a cabeça no travesseiro, vai bater a consciência”, disse o segurança.

Segundo a mãe do menino, ele costuma comprar doces para revender e ter uma renda extra própria. Ela conta que ele estuda em uma escola da região e no tempo vago gosta de vender os doces.

“Ele já pegou algumas [notas falsas] outras vezes e rasgamos quando percebemos que tinha algo errado. Também não posso afirmar que a motorista tenha feito isso de maldade, porque ela também pode não ter percebido”, disse a mãe.