O menino de 11 anos que se envolveu em um furto de carro que terminou em perseguição e na morte do amigo de 10 anos, baleado na cabeça por um policial militar, prestou um terceiro depoimento no domingo, 5, na Corregedoria da Polícia Militar. Dessa vez, ele afirmou que o amigo não estava armado e que o revólver foi plantado pelos policiais.

A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada ao Estado de S. Paulo pela mãe do menino.

A reportagem apurou que os corregedores foram buscar o menino e a mãe em casa. Depois seguiram para a sede da Corregedoria, no Bom Retiro, na região central da capital paulista. Para conquistar a confiança da criança, uma psicóloga ficou conversando com ela em uma espécie de brinquedoteca. Lá, ele contou a nova versão. Em seguida, o depoimento oficial foi realizado.

Na primeira versão, gravada em vídeo pelos policiais envolvidos na ocorrência, o menino disse que ele e o amigo furtaram um carro de um condomínio, na Vila Andrade, na zona sul, e foram perseguidos pela PM. O garoto de 10 anos dirigia e atirava contra os policiais. Quando o veículo bateu, ele ainda fez um último disparo e foi morto no revide.

Na segunda versão, o menino afirmou que o amigo dirigia e atirava. Mas quando o carro bateu e parou, não houve tiroteio. O policial de moto chegou e atirou na cabeça do garoto. O sobrevivente saiu do carro, foi colocado no chão, levou um tapa e foi ameaçado pelos policiais.

A mãe do menino morto será ouvida na manhã desta terça-feira, 7, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso. O menino sobrevivente deve ser chamado novamente para prestar depoimento.

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