Uma menina trans de 11 anos participou de uma competição de patinação em Joinville (SC) na manhã desta segunda-feira (22). A participação, porém, após ela conseguir a vaga em uma disputa judicial e que teve parecer positivo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último domingo (21). As informações são do G1.

De acordo com a família, do Paraná, foi preciso entrar na Justiça para que a menina tivesse o direito de participar do Campeonato Sul-Americano após a atleta ser barrada pela confederação. O problema foi o fato da menina ainda não ter conseguido trocar o nome na identidade.

“Foram três processos que tivemos que dar entrada. Não tínhamos advogado. Contamos com a ajuda de pessoas que foram se mobilizando pela causa e ajudando”, disse o pai da criança. A menina, segundo ele, passa por tratamento médico e psicológico há um tempo.

Moacir Júnior, presidente da Confederação Sul-Americana de Patinação, também comentou o caso. “Não existe nenhum precedente em nenhuma prova, em nenhuma categoria, de uma criança com documento masculino participar de provas femininas”, afirmou o dirigente.

A Justiça tinha concedido uma liminar para que a menina participasse do torneio apenas com o nome social, mas a confederação entrou com um recurso e barrou. O STJ, na decisão de domingo, manteve a posição da 2ª Vara Civil de São Paulo, para que a atleta pudesse participar da competição.