Por Dan Williams

JERUSALÉM (Reuters) – Um kit incompleto de tatuagens leiloado em Israel como um artefato de Auschwitz provavelmente não foi utilizado em judeus no campo de concentração nazista, concluiu uma investigação ordenada pela Justiça após o clamor de sobreviventes do Holocausto.

Os oito moldes de aço, do tamanho de unhas da mão, cada um deles com alfinetes para formar numerais, foram oferecidos no ano passado por um leiloeiro em Jerusalém, que os descreveu como “os itens mais chocantes do Holocausto”, com um preço projetado de entre 30 mil e 40 mil dólares.

Mas o Tribunal do Distrito de Tel Aviv concedeu a um pedido de sobreviventes para suspender a venda em novembro.

A corte solicitou que o Centro Mundial de Memória do Holocausto Yad Vashem em Jerusalém tentasse autenticar o kit antes que a Justiça pudesse decidir se o leilão poderia ou não acontecer.

O resultado foi um relatório de cinco páginas, visto pela Reuters e que diz: “Parece altamente improvável que esses moldes tenham sido utilizados para tatuar judeus, embora isso não possa ser determinado com certeza absoluta”.

O relatório do Yad Vashem seria submetido ao tribunal na quinta-feira. A decisão da Justiça é esperada para mais adiante.

Mais de 1,1 milhão de pessoas, cerca de 90% delas judeus, foram mortas em Auschwitz, que foi apenas um de uma rede de campos de concentração administrados pela Alemanha nazista em solo polonês ocupado durante a Segunda Guerra Mundial.

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