Depois da confusão causada no Mineirão após serem eliminados pelo Atlético-MG, a delegação do Boca Juniors passou a noite na delegacia. Eles prestaram depoimento na 6ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Belo Horizonte, e outros oito integrantes do clube argentino tiveram de comparecer a uma outra delegacia a pedido da Polícia Militar de Minas Gerais para novos esclarecimentos sobre a briga generalizada com membros do Atlético-MG.

Em contato com a sala de imprensa da PM, as câmeras de segurança do estádio identificaram os jogadores Javier García, Carlos Zambrano, Carlos Izquierdoz, Marcos Rojo e Sebastián Villa; o preparador de goleiros Fernando Gayoso; o assistente técnico Leandro Somoza; e o diretor Raúl Cascini, que foram acusados de lesão corporal, agressão e destruição de patrimônio público.

Os argentinos foram detidos pela Polícia Militar de Minas Gerais e levados à delegacia.

Os policiais analisaram as imagens do circuito interno de vigilância do Mineirão para identificar os envolvidos, que foram levados para a Central de Flagrantes (Ceflan 4), no bairro Alípio de Melo, região Noroeste de Belo Horizonte.
Pela detenção, a delegação argentina não pegou o voo de volta para Buenos Aires em Confins, que estava marcado para meia noite. Os responsáveis do clube tiveram de remarcar a viagem da equipe para às 15h30 desta quarta-feira, 21 de julho.

Embaixada e consulado deram suporte ao Boca em BH

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A embaixada e o consulado da Argentina no Brasil informaram que o embaixador Daniel Scioli pediu para o cônsul em Belo Horizonte, Santiago Muñoz, que desse suporte à delegação do Boca Juniors durante a detenção da equipe. Muñoz chegou ao Mineirão pouco depois da partida contra o Galo.
-Foi realizada a assistência e acompanhamento consular à delegação do clube, após a partida, em uma Delegacia de polícia. Se espera que todos os integrantes da equipe retornem ao país nas primeiras horas da tarde-disse o cônsul.

Incidentes começaram logo após o fim do jogo

Em várias imagens que circularam nas redes sociais, mostraram membros do elenco e staff do Boca Juniors em situações agressivas, tentando invadir o vestiário do Atlético e usando até um extintor de incêndio como arma para o confronto, que também teve atos de vandalismo como a quebra de TV´s, grades e bebedouros.

A revolta dos atletas da equipe argentina foi pelo gol anulado durante a partida, quando o VAR chamou o árbitro, mostrando uma irregularidade na jogada.
Os policiais de plantão no Ceflan 4 fizeram dois dois boletins de ocorrência: um por desacato de dois jogadores do Boca e o outro por depredação do patrimônio.

Em outros vídeos gravados, mostram quando os jogadores do Boca atravessaram os corredores dos vestiários do estádio para tentar invadir o vestiário do Galo. A reação foi de “deixar eles seguirem para começar o embate”.

-São os argentinos? Deixem eles virem, que o pau quebra-dizia um membro do time mineiro. Até o presidente do Galo, Sérgio Coelho, tentou impedir a entrada de pessoas ligadas ao Boca no vestiário atleticano. Ele foi retirado da confusão antes que houvesse mais violência.

Os técnicos Cuca e Miguel Ángel Russo se cumprimentaram depois do jogo e o comandante do Galo sinalizou que estava encerrada a peleja Porém, não foi assim que os argentinos entenderam e resolveram iniciar a série de violência e barbaridades contra o patrimônio do Mineirão.

A Conmebol não se pronunciou oficialmente ainda sobre o caso e nem se pretende aplicar qualquer sanção aos envolvidos nas lamentáveis cenas no Mineirão.



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