Um funcionário da delegação canadense de futebol feminino foi detido pelas autoridades francesas e depois mandado para seu país por operar um drone para espionar um treino da Nova Zelândia, futura adversária das atuais campeãs olímpicas.

O analista, Joey Lombardi, de 43 anos, se declarou culpado quando compareceu ao tribunal de Saint-Etienne nesta quarta-feira (24), informou o tribunal à AFP.

A assistente técnica Jasmine Mander, a quem Lombardi reportava, também foi excluída e mandada de volta para o Canadá.

A técnica da seleção canadense, Bev Priestman, anunciou que não ficará no banco durante a partida contra a Nova Zelândia, na quinta-feira, por não considerar apropriado após o ocorrido.

“Sou a responsável final pela conduta da minha equipe. Para reforçar nosso compromisso com a integridade, decidi voluntariamente não comandar a equipe durante o jogo de quinta-feira”, disse Priestman.

Um de seus assistentes, analista dos rivais, tentou gravar o treino da Nova Zelândia com um drone e foi detido pela polícia.

O Comitê Olímpico Canadense se declarou “chocado e decepcionado” com o incidente ocorrido na terça-feira (23) em Saint-Etienne e está investigando as circunstâncias.

“Oferecemos nossas mais sinceras desculpas” ao futebol olímpico da Nova Zelândia e ao seu Comitê Olímpico, disse ele em um comunicado nesta quarta-feira.

O Canadá, atual campeão olímpico, enfrentará na quinta-feira a Nova Zelândia na primeira partida em sua campanha pela defesa da medalha de ouro obtida em Tóquio.

O Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC) informou que membros da equipe de apoio relataram o incidente à polícia e o operador do drone foi detido.

“O NZOC apresentou formalmente o incidente à unidade de integridade do COI e pediu ao Canadá uma revisão completa”, acrescentou.

O Canadá afirmou que a pessoa era um membro não credenciado da Canada Soccer e que está em contato com o Comitê Olímpico Internacional e com o órgão dirigente do futebol, a Fifa, para decidir os próximos passos.

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