LEIDSCHENDAM, 11 DEZ (ANSA) – O Tribunal Especial para o Líbano (STL, na sigla em inglês), com sede nos Países Baixos, condenou à prisão perpétua Salim Ayyash, membro do grupo xiita Hezbollah, pelo atentado que matou o ex-premiê Rafiq Hariri e outras 21 pessoas em um atentado em Beirute em 2005.   

O veredicto desta sexta-feira (11) completa o anúncio feito em 18 de agosto, quando Ayyash foi considerado culpado pelos crimes de conspiração para cometer um ato de terrorismo, múltiplos homicídios premeditados, associação criminosa, realização de atos terroristas e tentativa intencional de homicídio com premeditação.   

No entanto, o julgamento foi feito à revelia porque o Hezbollah se negou a entregar os réus no processo por não reconhecer a legitimidade do STL. Os juízes emitiram um mandado internacional de prisão para o Líbano e para os Países Baixos.   

Naquele dia, o tribunal absolveu outros três membros do grupo por falta de provas e informou que o Hezbollah e a Síria, que ocupava o Líbano à época dos atentados, poderiam “ter motivos” para matar Hariri, mas “não há evidências” na organização do crime.   

O atentado ocorrido em 14 de fevereiro de 2005 é considerado um dos maiores da história do Líbano e causou, inclusive, danos estruturais em locais próximos à detonação da grande quantidade de bombas.   

Hariri era um símbolo da reconstrução do Líbano após o fim da Guerra Civil, em 1990, e governou o país entre 1992 e 1998 e depois de 2000 até 2004.. (ANSA).