13/03/2024 - 19:54
Um membro do braço armado do Hamas morreu, nesta quarta-feira (13), em um bombardeio israelense contra um carro no sul do Líbano, informou o movimento islamista palestino. No ataque morreram outras duas pessoas, segundo a imprensa estatal libanesa.
O ataque teve como alvo um carro perto da cidade costeira de Tiro, próxima ao campo de refugiados palestinos de Rashidieh, disse um fotógrafo da AFP que viu o veículo carbonizado.
O Hamas anunciou a morte de Hadi Mustapha, membro das brigadas Al-Qassam, seu braço armado, e indicou que ele vivia no campo de Rashidieh.
O Exército israelense informou ter lançado um bombardeio na região de Tiro.
No comunicado, apresenta Mustapha como um “agente importante” do Hamas, que esteve por trás de ataques contra alvos israelenses e judaicos no mundo.
A agência de imprensa oficial libanesa, ANI, reportou que três pessoas morreram no ataque: um palestino e dois sírios. Uma das vítimas sírias passava pelo local de motocicleta quando ocorreu o ataque.
Desde o início, em 7 de outubro, da guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza, o movimento libanês Hezbollah executa ataques quase diários contra o Exército israelense, para expressar apoio ao aliado palestino.
O braço armado do Hamas também reivindicou a responsabilidade por alguns ataques contra Israel a partir do território libanês.
Israel lança incursões cada vez mais distantes no território libanês, além de operações seletivas contra membros do Hezbollah e do Hamas no Líbano.
Em 2 de janeiro, um dirigente do Hamas, Saleh Arouri, morreu em um ataque com drone atribuído a Israel nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.
Em 10 de fevereiro, outro líder do Hamas, Basel Saleh, escapou da morte quando um drone israelense atingiu o seu carro, cerca de 40 km ao norte da fronteira israelense-libanesa.
A violência gerou preocupações de uma possível invasão das forças israelenses no Líbano.
No entanto, o líder do Hezbollah, Nassah Nasrallah, assegurou, nesta quarta-feira, que “o exército israelense está esgotado (…) no front norte, na Cisjordânia e em Gaza”.
“Este inimigo e a sociedade deste inimigo estão dando sinais de fadiga”, disse, durante um discurso televisionado, no qual alegou que o exército israelense “carece de efetivos” para lançar uma guerra contra o Líbano.
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