Meloni reitera apoio à Ucrânia, mas descarta enviar militares

ROMA, 22 OUT (ANSA) – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quarta-feira (22) que o apoio do país à Ucrânia permanece “inalterado e determinado”, mas reiterou que Roma não enviará tropas para o leste europeu.   

As declarações foram dadas durante um discurso no Senado para prestar contas ao Parlamento antes da reunião do Conselho Europeu de quinta (23) e sexta-feira (24).   

“Nossa posição sobre a Ucrânia não mudou e não pode mudar diante das vítimas civis e das imagens de casas sistematicamente bombardeadas pelos russos”, declarou a premiê em seu pronunciamento.   

“Nosso apoio ao povo ucraniano permanece determinado, com o único objetivo de alcançar a paz. Também disse isso a Zelensky há alguns dias, por telefone”, acrescentou.   

Meloni, no entanto, foi enfática ao delinear os limites do envolvimento militar italiano. “Deixe-me reiterar claramente a posição do governo: cada nação contribuirá com os esforços [dos aliados para Kiev], mas a Itália já deixou claro que não pretende enviar soldados para o território ucraniano”, disse.   

Sobre outro tema sensível que será discutido na cúpula europeia – o uso de ativos russos congelados para financiar a ajuda à Ucrânia -, a primeira-ministra expressou cautela.   

“Será abordada a questão dos ativos russos congelados, em relação aos quais acreditamos, e não somos os únicos, ser necessário respeitar o direito internacional, o princípio da legalidade, proteger a estabilidade financeira e garantir a sustentabilidade de qualquer medida que seja tomada”, afirmou Meloni.   

O presidente Vladimir Putin já ameaçou impor represálias contra ativos e empresas da Europa caso a União Europeia, para financiar o apoio militar a Kiev, utilize bens russos congelados no âmbito das sanções ocidentais. (ANSA).