BRUXELAS, 18 ABR (ANSA) – A premiê da Itália, Giorgia Meloni, defendeu a emissão de dívida pela União Europeia para fazer frente aos desafios enfrentados pelo bloco.   

Essa estratégia foi usada de forma inédita para financiar o plano de recuperação da UE para o pós-pandemia, porém enfrenta forte resistência dos países-membros mais austeros, como Áustria e Holanda.   

“Podemos ter estratégias melhores, mas agora precisamos de recursos. Já se sabe qual é o debate na UE sobre a dívida comum, proposta apoiada pelo governo italiano”, declarou Meloni após uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.   

Com a emissão de dívida pela Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, países mais endividados, como a própria Itália, teriam acesso a dinheiro com juros menores no mercado.   

A ideia, no entanto, é tema de divisão na UE. “Compartilhar a dívida significa sempre compartilhar o peso das taxas de juros.   

Tivemos de fazer isso uma vez por causa da pandemia e estamos ainda pagando altos juros sobre a dívida. Isso limita a capacidade de ação”, disse o chanceler da Áustria, Karl Nehammer.   

“Precisamos pensar de forma diferente, reforçar o mercado de capitais na União Europeia”, acrescentou. (ANSA).