SÃO PAULO, 8 DEZ (ANSA) – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a postura antivacina e contra o “passaporte vacinal” da Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (7) e deu mais uma declaração polêmica.   

“Nós queremos ser o paraíso do turismo mundial. E vamos controlar a Saúde, fazer com que a nossa economia volte a gerar emprego e renda. Essa questão da vacinação, como realcei, tem dado certo porque nós respeitamos as liberdades individuais.   

Como o presidente falou agora há pouco ‘às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade'”, disse Queiroga aos jornalistas durante coletiva de imprensa.   

A fala do ministro da Saúde foi usada como justificativa para não ser seguido o pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de exigir o comprovante de vacinação de quem chega no Brasil. A medida, adotada em inúmeros países ao redor do mundo, quer evitar que visitantes internacionais sejam disseminadores do coronavírus Sars-CoV-2.   

Ao invés disso, o governo informou que vai exigir quarentena de cinco dias e a apresentação de um teste RT-PCR negativo aos não vacinados, mas não explicou como esse procedimento será feito e quem vai monitorar o isolamento obrigatório.   

Bolsonaro, que afirma não ter se imunizado apesar de impor sigilo de 100 anos à sua carteira de vacinação, continua a criticar as vacinas contra a Covid-19 e coleciona uma série de frases em que ataca os imunizantes.   

No entanto, apesar da postura do governo, os brasileiros continuam a procurar as vacinas.   

Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, mais de 159,5 milhões de cidadãos já tomaram a primeira dose das fórmulas disponíveis e 140,5 milhões completaram o ciclo vacinal. Em percentual, isso significa que mais de 90% da população-alvo (pessoas com mais de 12 anos) já recebeu ao menos uma dose dos imunizantes.   

Foram aplicadas ainda mais de 14,1 milhões de doses adicionais ou de reforço. (ANSA).